A Ciência chamada Física

 A percepção do que ocorre ao nosso redor é limitada pelos sentidos fisiológicos que possuímos. A visão humana, por exemplo, capta apenas uma pequena parcela de ondas eletromagnéticas, as ondas luminosas (luz), mas não é sensível às demais. Analogamente, nossa audição se restringe às ondas sonoras.



No entanto, a bagagem adquirida em milênios de existência, “burilada” pela nossa inteligência, fez com que os sentidos comuns fossem em muito extrapolados, desvendando-se assim um vasto mundo de fenômenos. Por isso, não é necessário que “sintamos” as ondas de TV, por exemplo, para acreditar que elas existam, nem precisamos enxergar a olho nu os prótons, nêutrons e elétrons para crer que a matéria seja constituída por essas partículas.

Além disso, a curiosidade em conhecer nossa própria origem nos levou a especular, ao longo do tempo e no espaço, quais teriam sido as instâncias de criação da vida. Todavia, mesmo que o famoso big bang tenha de fato ocorrido, ainda assim restaria sem explicação a razão de tudo ter sido criado. Então somos levados a saber mais.

Neste Blog apresentaremos a Física como um corpo de conhecimento construído pelo ser humano que possibilita ampliar a compreensão da natureza e desenvolver a tecnologia, utilizar essa compreensão para prever e discutir fenômenos, opinar sobre a melhor maneira de dispor de recursos naturais, evitando riscos, garantindo e melhorando a qualidade de vida e convivendo pacificamente com seus semelhantes.

A Física — palavra originada do grego physiké — é a ciência das coisas naturais que estuda as propriedades da matéria, da energia, do espaço e do tempo. Ela tem por objetivo estabelecer as leis que regem os fenômenos da natureza. Estudar Física ou qualquer outra ciência implica observar o ser humano sob sua própria óptica, pois somos partes integrantes do Universo.

A propósito, a palavra fenômeno significa acontecimento ou transformação. 

Os fenômenos físicos são aqueles em que não se altera a natureza da matéria, do sistema ou do corpo. Caso haja essa alteração na natureza, terão ocorrido fenômenos químicos

Por exemplo, quando apenas fatiamos um queijo, para depois aquecê-lo e degustarmos um fondue, em noites de frio, nós temos um fenômeno físico. Mas se pusermos o queijo no espeto, queimando-o na brasa, para comê-lo apreciando quentes e belas praias, teremos um fenômeno químico, pois dessa forma o queijo tem alteradas as suas propriedades.

A Física desenvolve-se no trinômio composto de observações, experimentos e teorias não apenas para satisfazer a curiosidade humana, mas também para atender às necessidades individuais e coletivas, garantindo a sobrevivência em situações adversas e gerando conforto, qualidade de vida e tecnologia. O produto inicial do esforço humano para suprir tais necessidades foram as invenções. 

Um típico exemplo de invenção — talvez a maior de todas — é a roda. Ela surgiu, conforme mostram fatos históricos, há aproximadamente 6 milênios. Os sumérios devem ter usado troncos de árvores para a sua confecção. As rodas da época eram maciças e pesadas, sendo utilizadas em transportes. Com o passar do tempo, elas foram ganhando novos visuais e ficando mais leves, deixando de ser maciças.

Posteriormente, a humanidade estendeu o seu uso em invenções como: 

• engrenagens em moinhos de água e de vento; 

• moendas de produtos agrícolas; 

• guindastes, utilizando as rodas como polias; 

• engrenagens em relógios, automóveis etc 

O grande avanço tecnológico em nosso tempo é fruto cultural da sequência histórica de descobertas e invenções, recentemente alavancada pelas ciências. Hoje, por exemplo, já falamos em nanotecnologia, algo que na juventude de nossos avós pertencia ao domínio da ficção científica.


Adriano Rocha

Sou professor de matemática com mestrado e experiência em ensinar na escola pública. Ensinar é minha paixão e estou sempre buscando novas formas de tornar a matemática mais acessível e interessante para meus alunos. Se você quer aprender matemática de maneira divertida e desafiadora, venha estudar comigo!

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